"Volcano" - o entusiasmante novo álbum de Temples
- Diogo Ribeiro
- 22 de mar. de 2017
- 3 min de leitura
É dia 3 de Março de 2017 e a banda britânica Temples acaba de lançar um novo álbum para o deleite dos fãs que tiveram de esperar 3 anos após o brilhante Sun Structures.
Quase um mês depois do lançamento do álbum é a minha vez de dar a minha opinião formada sobre este segundo álbum da banda.
A abertura do álbum é feita da melhor maneira, "Certainty" foi o primeiro single da banda após o Sun Structures e é sem dúvida das melhores músicas da banda, desde a abertura com riff de sintetizador e da guitarra numa simbiose perfeita até aos versos com a voz melodiosa de James Bagshaw e o baixo de Thomas Walmsley a completar da melhor maneira. Isto juntando a uma letra profunda e inspiracional e culminando num refrão de trazer arrepios à espinha de qualquer amante do bom e velho rock psicadélico.
O álbum continua com "All Join In" e sendo uma das músicas que menos gosto não vou fazer grandes comentários, vou apenas dizer que é uma música segura com os seus altos e baixos, a voz de James não parece ter sido utilizada da melhor maneira e falta um certo brilho e emoção.
Chegamos agora a "(I Want To Be Your) Mirror" esta música é pessoalmente a minha preferida, aquele início com o melodia da flauta e a guitarra num "background" arrepia-me sempre trazendo sempre um sorriso de satisfação à minha cara ... Mas não acaba aí o falsete de James e o duplo verso faz com que quando chegue o refrão a satisfação seja ainda maior, refrão este que chega com um drum roll juntamente com a melodia de início e a voz de James. Este refrão é sem dúvida das músicas mais melodiosas que esta banda já ofereceu. Sem dúvida uma grande música.
As duas músicas seguintes vem a confirmar um grande inicio neste álbum "Oh The Saviour" e "Born in the Sunset" são duas músicas muito boas, "Oh The Saviour" começa com o strumming de uma guitarra acústica trazendo um sentimento nostálgico fazendo lembrar muito os The Beatles num certo ponto, os instrumentos e a voz de James vão crescendo ao longo da música fazendo desta uma música muito boa. "Born in The Sunset" é uma música diferente trazendo um riff poderoso logo no início, tornando-se a base de toda a música, este terceiro single é muito bem conseguido pela banda, eu não sei bem explicar mas esta música traz uma atmosfera de felicidade com ela, talvez seja os vocais de fundo, as pausas na música e o ritmo acelerado, também das melhores músicas do álbum.
Mas como a banda ainda é recente e nova neste universo da música eles não podiam fazer um álbum perfeito e é aqui que eles me desiludem, músicas como "How Would You Like To Go", "Open Air", "In My Pocket" e "Celebration" - estas músicas não trazem nada de novo e são todas muito monótonas musicalmente, não vou tecer grandes comentários, mas foi aqui que a banda perdeu alguns pontinhos para a classificação final.
Mas como não há mal que acabe em bem, o álbum acaba com 3 músicas muito boas, Mystery of Pop, Roman God-Like Man e Strange Or Be Forgotten.
Mystery Of Pop é talvez a melhor música de synth pop da banda, a intro de sintetizador a fazer lembrar António Variações, e toda a totalidade da música é muito bem conseguida, com uma harmonia fantástica.
Roman God-Like Man é a música mais "rock & roll" de Temples neste EP, mas também é muito bem conseguida, o strumming de guitarra está no ponto, contrastando também com o silencio e apenas o baixo e a voz de James a sobrepor-se, uma otima música de uma ótima banda.
Strange Or Be Forgotten foi o segundo single da banda e também é das minhas preferidas, como já referi inumeras vezes as harmonias da banda neste álbum estão perfeitas, e esta música não é exceção, esta é tambem a melhor música em termos poéticos, e é sem dúvida uma das melhores músicas da banda com um build up fantastico até ao refrão.

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